Hb é uma Tecnologia Social dedicada ao diagnóstico e combate à anemia ferropriva nas escolas.

Status atual

Para 2025, o projeto em Santa Luzia do Itanhy, Sergipe, tem como objetivo principal continuar o desenvolvimento de um dispositivo específico para otimizar a identificação da anemia ferropriva. Essa iniciativa é uma continuação da campanha de triagem de hemoglobina (Hb) que foi retomada em 2024 nas escolas da região.

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Histórico

O Hb é uma Tecnologia Social da área de saúde básica para o diagnóstico e tratamento da anemia ferropriva nas escolas, buscando contribuir para o desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes. Considerada a maior doença nutricional do mundo pela Organização Mundial da Saúde, ela afeta um quarto da população e traz consequências relacionadas ao baixo desempenho motor e mental. É baseada no emprego de um mecanismo portátil, simples e de baixo custo para medição da taxa de hemoglobina no sangue e numa metodologia de sensibilização para detecção, tratamento e adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.

Desde o início das atividades, as taxas de anemia ferropriva foram reduzidas de 32% para 5,8% entre os alunos das escolas de Santa Luzia do Itanhy/SE. A partir de 2015, ganhou escalabilidade e passou a ser reaplicada em outras localidades, como por exemplo, Boquim/SE e Borba/AM. A taxas nessas localidades foram reduzidas de 25% para 4,8% e de 59% para 3,9%, respectivamente. Com este resultado, o Hb ganhou o prêmio Fundação Banco de Brasil de Tecnologias Sociais em 2013, e em 2017 a experiência no povoado de Axinim, no município de Borba/AM, se tornou vencedora do Edital “Mostra Brasil, aqui tem SUS”, na categoria Premiação Webdocs Conasems. Em 2023, o foco foi validar um modelo matemático e um aplicativo em desenvolvimento com a Universidade Federal de Juiz de Fora. Foram selecionadas 5 escolas em diferentes distritos para coletar 383 amostras de sangue, resultando em 55 crianças diagnosticadas com anemia ferropriva, das quais 33 iniciaram tratamento. Além disso, foi concluída a impressão da revista "Guerra nas artérias: o Ataque dos Vermes" e criada a "Oficina HB", em parceria com o NHAM e a equipe de enfermagem da Secretaria de Saúde, visando conscientizar a comunidade de forma lúdica. Em 2024, foi implementada a taxa de ferritina no sistema de gestão TAG, com geração automática de medidas para casos de alerta. Houve a construção participativa de estratégias para conscientizar e mudar hábitos alimentares e de higiene em crianças de 2 a 8 anos, seguindo as melhores políticas do Ministério da Saúde. Um protocolo de ação foi criado para a comunidade dos planos pilotos, visando o tratamento da anemia ferropriva em crianças diagnosticadas, com resultados significativos no controle da prevalência da anemia entre alunos das escolas participantes