Hb é uma Tecnologia Social dedicada ao diagnóstico e combate à anemia ferropriva nas escolas.

Status atual

O foco atual do Hb é no desenvolvimento de uma nova plataforma de testes rápidos e de baixa custo, tanto para medir a taxa de hemoglobina quanto da ferritina, a partir de gota de sangue de ponta de dedo. Este trabalho de pesquisa e desenvolvimento está sendo conduzido em parceria com o Instituto de Química de São Carlos e com a Universidade Federal de Juiz de Fora, do Departamento de Modelagem Computacional. Paralelamente, estamos conduzindo uma retomada da campanha do Hb em escolas de Santa Luzia do Itanhy, utilizando o equipamento Hemocue, que também serve de campo de validação do novo teste.

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Histórico

A anemia ferropriva é a maior doença nutricional no mundo, afetando cerca de 25% da população, especialmente crianças, cujo desempenho motor e mental é fortemente impactado por essa condição, segundos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A proposta da Hb é de realizar a avaliação dos dados de peso, altura e taxa de hemoglobina de todos os alunos nas escolas e tratar todos alunos com quadro de anemia ferropriva.

Os casos diagnosticados são direcionados para uma consulta com o médico do Programa de Saúde na Família e recebem os medicamentos para um tratamento eficaz (vermífugo e sulfato ferroso), além de cópias dos dois episódios da revista Guerra nas Artérias, no caso “Sabotagem Invisível”, que foca na importância alimentação saudável e adesão ao tratamento, e “O Ataque dos Vermes”, que foca na prevenção à contaminação por parasitas de solo, salientando que má alimentação e vermes são as principais causas da anemia ferropriva. Na experiência realizada em Santa Luzia do Itanhy identificamos uma média de 32% de alunos com anemia ferropriva, taxa que foi reduzida para 6,8%, após as 12 semanas de tratamento. Em 2013 o Hb foi vencedor do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais. Em 2015, o Hb foi reaplicado em Boquim, Sergipe, onde encontramos uma prevalência média de 25% dos alunos com anemia ferropriva, taxa que foi reduzida para 4,8% após a campanha, e em 2017 nós reaplicamos em Axinim, Borba, Amazonas, onde encontramos uma prevalência média de 59% dos alunos com anemia ferropriva, taxa que foi reduzida para 3,9% após a campanha. Desde 2022, numa parceria com o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), estamos desenvolvendo uma nova plataforma de teste rápido baseada na metodologia μPAD (microfluidic paper-based analytics devices), com baixo custo de produção e facilidade de uso e descarte.